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13 deram palpite ! Comenta, vai...


"Caindo caindo… sem ver nada ao meu redor… Um abismo ou algo do tipo… Não sei direito como cheguei ali. Só ouvia os risos como se fossem de escárnio, provocadores, violentos, difusos. E a voz. Sim, havia a voz. Não dizia muito, era suave. Dizia apenas “Tenha fé” num tom monocórdio, sem muita convicção, ou assim me parecia. Enquanto caía, sem nunca esbarrar em nada, pensava no sentido daquilo tudo. Veja bem, lembro apenas de ter deitado para dormir e de repente ouvia os risos, sentia o vento fustigando meu corpo, me fazendo girar sem parar, descontrolado,  enquanto era projetado naquela escuridão que parecia não ter fim. Enquanto me questionava mentalmente sobre como ter fé naquela situação, ou mesmo o que diabos era fé, sentia como se fosse ficando mais e mais distante de tudo que eu conhecia. Mergulhava mais e mais no abismo que parecia ser o da minha própria arrogância sem saber exatamente como fazer parar aquele mergulho involuntário. Em meio a todos os questionamentos e medos, lembrei-me de minha filha, estendendo os bracinhos para mim e pedindo colo… Fé… Seria algo parecido com isso? Pensando, senti a onda de confiança me invadir mais e mais enquanto minha monótona companheira vocalizava agora: “Voe!” Acredito que em algum outro momento achasse a idéia absurda, mas tentei. Sem pensar. Sem questionar. Apenas voei. E no momento em que comecei meu vôo, a luz invadiu o abismo que era minha própria humanidade e transmutou as sombras de minha suposta sabedoria. Não podia ver, tamanho o brilho que agora se instalava, mas não precisava. Eu era visão… Tudo era.

Eu apenas sabia.

E voava.

Fé."



Texto de marido. Tem mais aqui.



Tem dó e comennnnnnnnnnnnnta, vai !    

Beijo pra quem é de beijo !

 
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